sexta-feira, 17 de abril de 2009

Curiosidade da semana

Curiosidade da semana 5

A melhor forma de perder peso é uma dieta rigorosa.

A perda rápida de peso provoca a queda do metabolismo. Deste modo, o corpo queima calorias com menos eficiência, sendo provável que a pessoa recupere os quilos, logo que volta a comer normalmente.


Curiosidade da semana 4
Azeite engorda menos do que manteiga.
Os azeites não exercem efeitos nocivos à saúde tanto como a manteiga, mas contêm a mesmas calorias.



Curiosidade da semana 3

Não misture proteínas e hidratos de carbono.

Errado, a ideia de manter proteínas e hidratos de carbono separados, contraria todas as regras de uma alimentação saudável. O complexo B presentes nos hidratos de carbono ajudam o corpo a usar os aminoácidos das proteínas.

Curiosidade da semana 2

Fazer jejum emagrece.
Errado, o jejum pode ser muito perigoso para o organismo, pois como forma de defesa, o metabolismo torna-se mais lento e a perda de peso não ocorre de maneira normal, ou seja, além de fazer mal à saúde, a perda de peso é basicamente às custas da perda de líquidos celulares e massa muscular, e portanto não é eficaz. O que ocorre é justamente o contrário, no retorno à dieta normal, o organismo recupera e passa a aumentar o peso, tentando manter uma reserva maior de energia armazenada (gordura) para se prevenir no caso de um próximo jejum.

Curiosidade da semana 1
Não tomar o pequeno-almoço ajuda a perder peso.

Errado, pois a digestão queima calorias. Assim os nutricionistas recomendam que comamos pouco e com frequência.


quinta-feira, 19 de março de 2009

Entrevista ao Nutricionista João Baptista

Grupo: A gastronomia nacional é fortemente influenciada pela conhecida dieta mediterrânica. De que forma é que os hábitos alimentares dos portugueses se alteraram com o decorrer do tempo?

Nutricionista: A meu ver, as pessoas estão cada vez mais sujeitas a um maior stress e a pressões de tempo, fazendo com que a preparação de refeições equilibradas e saudáveis se torne um desafio ainda maior. Deste modo, é fácil saltar refeições ou até mesmo recorrer a fast food, pelo que o consumo de peixe, azeite, legumes e verduras vai sendo progressivamente diminuído. Tem-se verificado um afastamento gradual da dieta do tipo mediterrânica, com o aumento do consumo de produtos de origem animal muito superior ao dos de origem vegetal.

G: Quais os pontos positivos e negativos que destaca dessa evolução?

O fenómeno da globalização permitiu diversificar a dieta, ao mesmo tempo que criou novas fontes de nutrientes.
No entanto, surgiram certas doenças provenientes de maus hábitos alimentares, tais como obesidade, colesterol elevado, gastrite, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.

G: Actualmente, é evidente a ligação entre as práticas alimentares e a saúde e bem-estar. Efectivamente, em resultado de hábitos incorrectos, o organismo desenvolve certo tipo de doenças. No nosso país, quais são as mais comuns?

As mais comuns são, por exemplo, a diabetes, doenças do foro cardiovascular e vários tipos de cancro, nomeadamente do estômago.

G: Fale-nos um pouco da mais vulgar (principais grupos sociais afectados, faixa etária de maior incidência, causas e sintomas associados).

A diabetes é uma doença crónica que se caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sangue e pela incapacidade do organismo em transformar toda a glicose proveniente dos alimentos.
É uma doença em crescimento, que atinge cada vez mais pessoas em todo o mundo e em idades mais jovens. No entanto, há grupos de risco com fortes probabilidades de se tornarem diabéticos, como sendo pessoas com familiares directos com diabetes, homens e mulheres obesos e homens e mulheres com tensão arterial alta ou níveis elevados de colesterol no sangue. De igual modo, mulheres que contraíram a diabetes gestacional na gravidez, crianças com peso igual ou superior a quatro quilogramas à nascença e doentes com problemas no pâncreas ou com doenças endócrinas têm maior tendência para sofrer desta doença.
Nos adultos - A diabetes é, geralmente, do tipo 2 e manifesta-se através dos seguintes sintomas: urinar em grande quantidade e muitas mais vezes, especialmente durante a noite; sede constante e intensa; fome constante e difícil de saciar; fadiga; comichão no corpo; visão turva.
Nas crianças e jovens - A diabetes é quase sempre do tipo 1 e aparece de maneira súbita, sendo os sintomas muito nítidos. Entre eles encontram-se: urinar muito, podendo voltar a urinar na cama; ter muita sede; emagrecer rapidamente; grande fadiga, associada a dores musculares intensas; comer muito sem nada aproveitar; dores de cabeça, náuseas e vómitos.
Relativamente as doenças cardiovasculares, é de salientar que estas são actualmente responsáveis por cerca de 40% dos óbitos em Portugal, constituindo de igualmente um tipo de patologia incapacitante.

G: Na sua opinião, a generalidade da população tem acesso a informação nesta matéria? Considera que a falta de informação pode conduzir ao aparecimento de determinadas doenças, nomeadamente distúrbios alimentares?

Na minha opinião, a generalidade da população não está suficientemente informada acerca das consequências relativas às práticas alimentares erradas, embora actualmente encontremos, com alguma facilidade, dados inerentes a esta problemática.
Efectivamente, a falta de informação por si só constitui um factor de risco, na medida em que conduz à não adopção de medidas preventivas e promove, por outro lado, hábitos menos saudáveis. As campanhas para a diminuição da incidência deste tipo de patologias passam, sem dúvida, por acções de sensibilização junto da comunidade em geral.

G: Os distúrbios alimentares afectam um número crescente de jovens. Gostaríamos que nos elucidasse acerca das principais características da anorexia e bulimia.

Anorexia - Pessoas com anorexia revelam um medo extremo em relação ao aumento de peso e têm uma visão distorcida do seu corpo. Consequentemente, lutam para manter um peso corporal muito baixo, restringindo a comida que ingerem e através de exercício físico excessivo. A pequena quantidade de comida que ingerem torna-se uma verdadeira obsessão.
Este distúrbio é caracterizado por: um decréscimo no valor da tensão arterial, pulso e taxa respiratória; perda de cabelo e unhas quebradiças; ausência de menstruação; aumento da pilosidade; dificuldade de concentração; anemia; inflamação das articulações e ossos frágeis.
Quem sofre de anorexia pode: tornar-se extremamente magro e frágil; ficar obcecado com o controlo do peso e com a ingestão de calorias; pesar-se constantemente; racionar as refeições; exercício físico excessivo; sentir se gorda (o); evitar actividades sociais, especialmente quando envolvem refeições; sentir-se deprimida(o), letárgica(o) (sem energia) e sensação constante de frio.

Bulimia - A bulimia caracteriza-se pela ingestão exagerada de calorias, seguida do vómito provocado. Alguém com bulimia pode sofrer flutuações de peso, mas raramente experimenta o baixo peso associado à anorexia.
Este distúrbio é caracterizado por: dor de estômago constante; danos ao nível do estômago e dos rins; degradação dentária (devido à exposição aos ácidos estomacais); alterações na fisionomia da face – quando as glândulas salivares expandem permanentemente devido ao vómito regular; ausência de menstruação; diminuição dos níveis de potássio, o que pode contribuir para problemas cardíacos e até mesmo morte.
Alguém com bulimia pode: recear o aumento de peso; estar profundamente descontente com o tamanho, forma e peso; inventar desculpas para ir à casa de banho imediatamente após as refeições; comer apenas de acordo com uma dieta rigorosa, ou alimentos com baixo teor de gordura; comprar regularmente laxantes e diuréticos; praticar exercício físico de forma excessiva, tentando “queimar” calorias; evitar actividades sociais, especialmente quando envolvem refeições.

G: Que tipo de factores podemos associar ao aparecimento destes distúrbios?

Não existe uma causa específica para esses distúrbios alimentares, porém muitos factores contribuem para o seu desenvolvimento: uma possível causa genética; problemas e anormalidades metabólicas e bioquímicas; pressão social para ser magro; pressões pessoais e familiares; medo de entrar na puberdade e tornar-se sexualmente activa e factores emocionais, tais como uma baixa auto-estima durante a fase da adolescência ou pré-adolescência; a excessiva importância dada à imagem corporal e à perfeição.

G: Quais as consequências a curto e a longo prazo dos mesmos?

Os indivíduos que sofrem destes distúrbios alimentares apresentam efeitos físicos da doença visíveis: perda de cabelo, frequência cardíaca baixa, pressão arterial baixa, ausência de menstruação ou menstruação irregular. Tendem também a vivenciar depressão e desenvolvem osteoporose na idade adulta mais avançada, pela falta de cálcio e pela diminuição da produção de estrogénio (hormona feminina) quando param de menstruar (exercícios em excesso também podem contribuir para a osteoporose); por último, podem ter danos severos no coração e outros órgãos vitais pela perda de peso excessiva e pelo desequilíbrio de minerais como consequência dos vómitos e da má nutrição.

G: Hoje em dia, o mercado encontra-se saturado de produtos alimentares com excessivos teores de açúcares e gorduras, acessíveis a todos e atractivos para crianças e jovens. Na sua opinião, de que modo os educadores/pais poderão incutir hábitos de alimentação saudável?

Penso que a educação nutricional das crianças é essencial para uma alimentação equilibrada, consciente e com todos os nutrientes necessários para seu crescimento saudável. A participação dos pais e responsáveis é muito importante nesse processo, que resultará na formação de um adulto com maior qualidade de vida.
Para preparar uma lancheira saudável, é muito importante que a criança participe na escolha dos alimentos. Essa tarefa é uma boa oportunidade para explicar aos pequenos sobre a importância dos diferentes tipos de alimento em cada refeição e seus respectivos benefícios para a saúde. A lancheira ideal deve conter alimentos energéticos, como o pão, construtores (queijo, leite, iogurte) e reguladores (frutas naturais ou secas, como pera, maçã, uva e banana).

G: No âmbito escolar, qual a visão que possui relativamente ao tipo de normas de conduta alimentar actualmente aplicadas?

Na minha opinião, deveriam ser implementadas medidas para restringir a venda de produtos refinados, tais como bolachas, chocolates e bolos, provenientes das máquinas/bar.
Creio que esta situação reflecte os interesses económicos, tendo em conta que os lucros de sobrepõem às preocupações com a saúde.

Entrevista ao Chefe de Cozinha da Selecção Nacional de Futebol Hélio Loureiro


Grupo: Todos sabemos que é o cozinheiro da Selecção Nacional de Futebol. Há quanto tempo desempenha esta função?

Hélio Loureiro: Desde 1996 que estou com a selecção portuguesa de futebol, o primeiro jogo a que fui foi na Arménia…já lá vão 14 anos

G: Como está a ser esta experiência?

HL: É muito interessante pois para além de estar a fazer um serviço em prol da causa e do valor português é muito interessante pelo conhecimento dos países e de outras culturas que me ajudam a crescer profissionalmente.

G: Que elementos integram a sua equipa de trabalho? Trabalha em cooperação com algum nutricionista?

HL: Desde o princípio que quando aceitei trabalhar com a selecção pedi que tivesse comigo o chefe Luís Lavrador e o Fernando Eleno, que me acompanham sempre nas deslocações para o estrangeiro. Os médicos da selecção é que tem feito o trabalho dos nutricionistas …

G: Como se processa a escolha das ementas?

HL: È sempre feita seguindo os conselhos médicos, que nos dão uma noção das necessidades de cada atleta. A partir daí e com base na cultura e tradição da culinária portuguesa transformamos a informação médica de hidratos de carbono etc. em alimentos e métodos de confecção.

G: A dieta dos jogadores varia consoante as épocas de treino e dias de jogos? Se sim, de que forma?

HL: Sim, pois como podemos verificar em alturas de maior esforço físico temos que fazer algumas variações que são importantes para o melhor desempenho de cada atleta. Por exemplo, aumento de açúcares rápidos ou diminuição de gorduras.

G: O facto de viajarem frequentemente para fora do País implica alterações ao plano alimentar?

HL: Tentamos que as saídas para fora sejam minimizadas, pois queremos que os atletas não tenham grandes alterações nos hábitos alimentares nem nos ingredientes utilizados.

G: Como são geridas as refeições, tendo em conta os horários dos jogos?

HL: Sempre com três horas de antecedência do jogo é lhes dada a ultima. No dia-a-dia, o pequeno-almoço é obrigatório e depois é a divisão por almoço, lanche, jantar e ceia nos quartos. Sempre depois do jogo e nas duas horas seguintes, é servida uma refeição de batido de iogurte, uvas passas, banana e um prato de massa.

G: Todos os jogadores seguem o mesmo plano alimentar? Que factores influenciam as diferenças a esse nível?

HL: Embora a refeição seja feita de igual forma para toda a esquipa, a verdade é que muitas vezes alguns atletas seguem diferentes tipos de alimentação, devido ao seu estado de saúde e rendimento, esforço físico e mesmo ao seu metabolismo

G: Quais devem ser os alimentos privilegiados para um atleta de alta competição? E, por outro lado, quais os que devem ser evitados?

HL: Diria que todos os alimentos são válidos, mas as quantidades têm que ser controladas, como por exemplo o álcool: um copo e vinho é importante numa alimentação saudável mas mais seria ilógico; os açúcares também são importantes, mas sempre nas doses certas. No fundo, “nem sempre nem nunca” é o lema de uma alimentação saudável que, no caso dos atletas, é importante que tenha sempre massas, legumes, frutas, proteínas, sais minerais, etc.

G: Qual seria a dieta ideal para um desportista, tendo em conta as proporções dos vários grupos de alimentos?

HL: Isso é uma pergunta para um nutricionista! Eu tenho uma visão da culinária, no entanto condiciono-me às regras da alimentação desportiva. Mas nunca esqueço que o mais importante para um chefe é seguir os ditames da alimentação aliados ao prazer da mesa.
A mesa não é só um local de alimentação do corpo, mas também de exaltação da alma, de educação, de prazer e de partilha. Não foi por acaso que o Mestre fez a sua pregação à mesa e à mesa se despediu de nós, exaltando á partilha e ao convívio quotidiano e comunhão entre todos.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Gastronomia italiana

  • A cozinha italiana é dividida em duas grandes famílias: a do norte, continental e próxima de muitas correntes centro-europeias; e a mediterrânica, própria do centro sul e das grandes ilhas, Sicília e Sardenha. A primeira é rica em especiarias, enquanto a segunda é um pouco mais complexa;
  • As comidas mais apreciadas são as massas, as lasanhas, as pizas e os legumes crus;
  • Ao contrário do que seria de esperar, as pizas e lasanhas não têm de todo o peso calórico de fast-food. São preparadas de forma saudável e com ingredientes benéficos para a saúde;

  • O queijo e o azeite são frequentemente utilizados nas receitas, como substituição do óleo alimentar;

  • Em certas zonas os enchidos como o bacon, chouriço, salsicha são frequentemente utilizados.

Gastronomia Chinesa

A cozinha chinesa é um convite ao uso de todo o tipo de molhos e condimentos;
Como é óbvio o arroz aparece no início da refeição em terrinas individuais, substituindo o pão;
  • Hoje em dia, as necessidades nutricionais da população estão intimamente ligadas aos produtos da terra, apego às tradições, praticas medicinais, preciosismo culinário, rituais, preocupações dietéticas e princípios filosóficos;

  • De entre os mais variados alimentos consumidos pelos chineses destacam-se: arroz chau chau, chop suey, porco agridoce, etc;

  • Ao longo dos anos, as guerras e a pobreza, inerentes ao elevado número de habitantes, fizeram com que os chineses tirassem o máximo proveito do que a natureza tem para oferecer;

  • Pratos como a carne de cão, gato, cobra, gafanhoto e escorpião e até mesmo barbatanas de tubarão têm valido ao governo chinês diversas lutas com associações protectoras dos animais;
  • Existe um equilíbrio entre aroma, temperatura, o sabor, cor, textura e consistência dos alimentos. Deste modo, há sempre a preocupação em incluir um prato quente e um frio, um salgado e um doce, um macio e outro crocante, etc.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Gastronomia indiana/hindu

As especiarias mais apreciadas são o açafrão e a curcuna;

  • Os derivados do leite são largamente utilizados na cozinha hindu, tendo em conta que as crenças dizem que são capazes de reforçar a espiritualidade do indivíduo;

  • Em homenagem ao convidado, é geralmente adicionado ao prato principal um condimento de luxo denominado varak, lâminas de ouro ou prata extremamente finas;

  • Como digestivo, come-se pão e à semelhança dos muçulmanos, é costume comer somente com a mão direita;
  • A bebida mais popular é o chá, que se pode encontrar em múltiplas variedades e costuma-se tomar com leite e muito açúcar;

  • A gastronomia hindu esta tão marcada pela exibição aromática como pelo peso das correntes religiosas que convivem naquele território.

Gastronomia muçulmana


As tribos nómadas utilizavam alimentos que podiam ser facilmente transportados, tais como arroz;
  • O café foi descoberto aproximadamente no ano 400 a.C. na Etiópia e espalhou-se pela Península Arábica. Oferecer um copo de café a um convidado faz parte da hospitalidade muçulmana;

  • Certos alimentos são proibidos, de acordo com as suas crenças religiosas, tais como carne de porco, bebidas alcoólicas e animais carnívoros;

  • Quaisquer animais que tenham sido mortos por causas naturais ou ate mesmo por outro animal são proibidos, e o mesmo acontece com o seu sangue;

  • Segundo os seus costumes, deve-se comer com a mão direita, retirar os sapatos à mesa, sentar-se com as pernas cruzadas e não apontar as solas dos pés a outra pessoa;

  • No nono mês do seu calendário (a partir de 27 de Outubro), os muçulmanos praticam um jejum até ao pôr-do-sol, numa pratica chamada Ramadão. No entanto, idosos, grávidas, crianças e enfermos são dispensados.